ACARAJÉ: SABOR DIVINO, PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE

Iguaria intimamente ligada à fé, principalmente às religiões de Matriz Africana, o Acarajé é um bolinho de feijão fradinho frito em azeite de dendê, recheado com camarão, vatapá, caruru.

 Sabor do Acarajé é divino, e sua história é tão incrível como a experiência sensorial que é degustar o quitute. Há pelo menos três séculos as Baianas do Acarajé trabalham em suas receitas, que foram trazidas da África durante o período colonial. Foram as chamadas escravas de ganho, cuja função era ir para rua e trabalhar para as patroas, vendendo mercadorias em tabuleiros, que iniciaram a prática.  Elas vendiam de tudo, de mingaus, a peixes fritos, de acarajés a bolos e quitutes, como a cocada.

Com seus tabuleiros, algumas escravas que tinham permissão para ficar com pequena parte do lucro, conseguiram até comprar sua liberdade. Muitos historiadores consideram, inclusive, a Baiana do Acarajé como a primeira mulher empreendedora do Brasil.

E nesse pedaço de Paraíso chamado Espírito Santo, uma das guardiãs dessa tradição que atravessa séculos e fronteiras de todo mundo foi a Ducy (In memoriam), baiana originária do Recôncavo Baiano, que preparava o legítimo Acarajé no food truck Acarajé da Ilha, localizado no coração de Guriri, a Ilha capixaba mais famosa do Brasil. Seus segredos culinários continuam preservados e a receita original continua sendo apreciada por todos.